"Registrei na minha listinha de desejos que ser feliz é preciso, é urgente, é uma responsabilidade que não pode ser repassada. Me permito." Cecilia Sfalsin
quinta-feira, 2 de agosto de 2012
As vezes...
quarta-feira, 28 de julho de 2010
Um dia triste
Tarde de agosto de 2003.
Nessa tarde chorei tanto, mas tanto, que eu nem imaginava que alguém poderia chorar assim. O choro vinha lá de dentro do coração. Era um choro doído, sem esperanças, perplexo. Meu coração não aceitava, não entendia. Eu andava de um lado para outro, varria a casa e olhava lá pra fora incrédula. Era agosto, os ventos faziam um som nos ciprestes e eles balançavam. Aqueles movimentos sempre me traziam boas sensações, mas naquele dia o balanço era triste, a tarde estava com um sol estranho pra mim, e o dia parecia meio cinza.
Eu passava pano, e parava e olhava de novo na janela. Acho que queria que meu pai aparecesse, andando, como se nada tivesse acontecido. Ou se pelo menos ele aparecesse como em filmes, todo iluminado, como se fosse seu espírito, mas de alguma forma aquilo pudesse acalmar meu coração...
Foi a primeira vez na minha vida em que eu não conseguia segurar as lágrimas por horas a fio. Elas não paravam de sair e inundar meus olhos, no fim da tarde eles estavam inchados e eu exaurida.
Foi quando de repente veio na minha direção um pássaro preto. Ele deu uma rasante, que na hora achei que fosse bater na janela. Achei aquilo estranho. Saí e olhei para todos os lados a sua procura. E espantada pude vê-lo bem em cima do parapeito da janela, me olhando. Ele era diferente, todo preto, grande, e com uma penugem branca no rabo.
Sentei-me na varanda, no degrau, e por uns minutos admirei aquele local que eu amava. Um condomínio nas montanhas, um lugar com uma natureza indescritível. Um lugar onde me sinto em paz.
Meus pensamentos viajaram e me lembrei do último dia do meu pai em minha casa. Coloquei uma cadeira na grama para ele sentar e ficar olhando, descansando. Passei um café, e tomamos juntos conversando sobre algumas coisas. Meu pai sempre amou pássaros, em especial, pássaros pretos. Já tivemos dois, ele um e eu outro quando ainda éramos uma família tradicional e meio feliz.
O mais marcante é que nessa tarde, eu disse a meu pai que no condomínio era cheio de pássaros pretos, mas que eles nunca vinham em minha casa. Eu os via nas gramas de outras casas. E ele me disse para colocar mamões que os pássaros pretos adoram.
De repente, interrompendo meus pensamentos, o pássaro pousou na grama bem na minha frente, e começou a comer mosquitinhos, ele saltava e pegava, parecia dançando. E assim, foi. Vieram mais três pássaros pretos, e pousaram junto do outro, fazendo também a dança. Não sei falar se isso durou três minutos ou meia hora. Eu só sei que aquele espetáculo era para mim. Não sei dizer de onde veio, nem como, nem nada, só sabia seu significado, e isso acalmou meu coração...
Silmara Cardoso Trindade
Sorte acontece qaundo a disciplina encontra a oportunidade.
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